domingo, 13 de março de 2011

Fim

Recentemente li um livro que diz que tudo o que vem, traz consigo, desde o começo, seu próprio fim. Não pude deixar de concordar. As coisas são finitas. A finitude desagrada, mas depois do fim isso já não importará tanto.

O fim está em tudo. O fim às vezes tão romantizado, outras tão temido e indesejado. O fim de tudo. O fim do mundo. Desde o começo, o fim.

Esse fim de muito, esse fim de pouco.
Fim doído que te deixa louco.
Fim calado, gelado. Fim marcado.

Esse fim polido, esse fim robusto.
Saudade de teu busto.
Fim da verdade, da amizade. Fim  da sobriedade.

Esse fim antigo, esse fim moderno.
Fim eterno.
Fim que arde, fim da tarde. Fim covarde.

Esse fim sempre presente,
como alguém querido em uma partida,
sorrindo pra gente.

Esse fim do verão,
fim que com pau e pedra na mão nos diz "não".
Fim maldito, de um delito. Fim erudito.

Esse fim que encanta e que machuca. Deixa as lembranças das gotas de chuva batendo na cara. Nostalgia, que resiste, resiste a você. Resiste ao fim. Fim da xícara de chá, da xícara de café. Fim da esperança, fim do sonho de criança. Fim das idéias. Fim de noite. Fim do escrito, escrito no começo do fim de um fim de semana.

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